Completando o Mandato Cultural – Por Stephen McDowell

Como os Cristãos têm Ajudado a Estabelecer o Reino de Deus entre as Nações

Completando a Comissão

O Plano de Deus para a Humanidade

Qual é o propósito ou a missão do homem na terra? Os Cristãos com freqüência respondem a isto se referindo a Grande Comissão (Mateus 28:18-20), e com toda a razão, porem nos últimos anos um grande segmento da Igreja tem limitado o significado disto a conversão somente pessoal. Certamente a Grande Comissão inclui o Mandato

Evangelístico, de redimir o homem, mas também inclui o Mandato Cultural, o de redimir a terra.

Deus se tem revelado a Si próprio como o Rei da Criação quanto o Redentor da Humanidade. O Seu reinado sobre a criação se descreve nos capítulos iniciais da Bíblia. O propósito de Deus para o homem também é revelado no livro de Gênesis.

Para entendermos apropriadamente o plano de Deus para o homem devemos entender uma verdade fundamental declarada em Genesis 1:1 – a soberania de Deus. Deus declara a sua existência desde o principio. Ele declara que é o Criador, por isto Seu senhorio sobre a criação. Ele governa sobre toda a criação. “Os céus são os céus do Senhor… Todo o que quis tem feito” (Sal. 115:16, 3). Devido a que Ele é soberano, todos os homens são responsáveis perante Deus.

O primeiro livro, Gênesis, também ensina o aspecto distintivo do homem. O homem é feito a imagem de Deus (1:26-27); por tanto é único e distinto. O homem manifesta o principio da individualidade – no seu chamado e nas suas características. Todos nos temos um propósito geral comum, mas cada um tem um propósito específico distinto.

Deus lhe deu uma missão a Sua criação especial desde o principio – o Mandato Cultural ou de Domínio (vs. 28). Deus lhe deu ao homem a missão de senhorear sobre a terra, de tomar domínio. O Salmo 8:6 diz que somos feitos para governar sobre as obras das Suas mãos.

Deus criou o homem a Sua própria imagem e semelhança como o Seu vice-regente ou administrador para governar sobre a terra. Tristemente o homem caiu do propósito para o qual Deus o criou. Desta maneira, o homem perdeu tanto o seu íntimo relacionamento com Deus quanto a sua habilidade para governar apropriadamente a terra. O pecado não somente separou o homem de Deus, mas também produziu uma maldição e uma grande perda. O homem era incapaz de cumprir apropriadamente o mandato cultural.

A natureza redentora de Deus se faz evidente de ali em diante. O homem tinha caído de aquilo para o qual Deus o tinha criado h– tanto no seu ser quanto no seu agir.

Então Deus planejou redimir o homem e restaurar nele a autoridade e administração (mordomia) delegadas sobre a terra. Deus prometeu que a semente da mulher destruiria a serpente, Satanás (Genesis 3:15). Cristo foi aquela semente que veio para redimir o homem e reverter os efeitos da queda e a maldição. Ele devolveu ao homem a habilidade de cumprir a missão originalmente entregue a Adão, como também restaurou o relacionamento do homem com Deus.

A historia da redenção se desenvolve nas varias alianças que Deus estabeleceu com os homens. A entrega da lei no Pacto Mosaico também foi usada por Deus para impulsionar o Seu programa redentor. Naturalmente, o propósito redentor de Deus tem encontrado seu cumprimento final na Nova Aliança a través de Cristo, quem foi imolado e que pelo seu sangue Deus tem redimido os homens para si mesmo “de toda linhagem, língua, povo e nação” (Apocalipse. 5:9).

salvaçao em cristo

O Propósito da Salvação em Cristo

O propósito completo da salvação em Cristo não pode ser entendido a menos que entendamos o propósito original do homem. A salvação vai alem de fazer que o homem entre no céu. Inclui restaurar o homem a sua posição original. Cristo lhe trouxe ao homem a restauração do pacto que Ele tinha com Deus, da gloria que tinha de Deus, e do mandato de domínio. Jesus também trouxe o reinado e o governo do Seu Reino a toda a criação. Ele proclamou e demonstrou o evangelho do Reino (ou seja, o governo, justiça, verdade e paz de Deus em todas as áreas da vida).

A sua obra expiatória também reverteu a maldição devido à queda do homem. A maldição afeta aos indivíduos através da morte, as enfermidades, o cativeiro, etc., e por sua vez também afeta todas as esferas da vida. Cristo trouxe redenção aos indivíduos, mas também às instituições e a todas as esferas da vida (incluindo a lei, o governo, a educação, as artes, os negócios). A redenção é tão ampla como a abrangência do pecado.

O desejo de Deus, como Jesus nos ensinou a orar, é que o Seu reino venha e que a Sua vontade seja feita na terra como é feita nos céus. Temos sido redimidos com um propósito. Em Cristo temos sido restaurados a condição de filhos e estamos agora na posição de obedecer tanto o Mandato Cultural quanto o Mandato Evangelístico. Com respeito ao Mandato Cultural, Deus nos tem restaurado a mordomia. Através de Cristo somos chamados de volta ao propósito original de Deus – para viver a Sua imagem e para sermos “frutíferos e a aumentar em número, a encher a terra e dominá-la. Para senhorear sobre… todas as criaturas que se movem sobre a terra” (Genesis 1:28). Temos sido restaurados para servir a Deus como os seus vice-regentes sobre a terra.

As nações também são afetadas pela obra redentora de Cristo. Em Mateus 28:19 Jesus nos disse que fossemos e que fizéssemos discípulos de todas as nações. Matthew Henry disse que a intenção de isto é reconhecer as nações como nações Cristas. Atos 17:26 nos diz que Deus fez as nações e lhes prefixou os tempos e os limites de sua habitação, para que busquem a Deus.

As nações têm obrigações com Deus. George Washington resumiu muito bem as obrigações que as nações têm com Deus no documento Proclamação para um Dia de Ação de Graças, guardado a quinta-feira 26 de Novembro de 1789: “É a Obrigação de todas as Nações reconhecerem a Providencia do Deus Todo poderoso, obedecer a sua vontade, e ser agradecidas pelos seus Benefícios, e implorar humildemente a sua Proteção e Favor. ”

Necessitamos ver que a nossa comissão é grande e que vai muito alem da conversão de indivíduos, embora isto seja de primeira importância.

remir a terra, nosso mandato cultural

Redimindo a Terra

O Mandato Cultural nos chama para usar todos os nossos recursos para expressar a Sua imagem e semelhança na terra. Para cumprir este mandato requer de nos que descubramos a verdade através das ciências, apliquemos a verdade por meio da tecnologia, interpretemos a verdade através das artes e as letras (a área de humanidades: a literatura, a filosofia, etc.), estabeleçamos a verdade através do comercio e a ação social, transmitamos a verdade por meio da educação e as artes, e preservemos a verdade através do governo e a lei.

Historicamente os Cristãos têm estado na frente em cada uma dessas áreas. À medida que estes homens e mulheres têm sido fieis para cumprir o chamado em suas vidas e utilizar os talentos que Deus lhes deu, nessa medida tem contribuído enormemente para tomar domínio sobre a terra e estender os propósitos e o governo de Deus neste mundo.

Na parábola de Lucas 19:11-27 Jesus nos instrui em quanto a como deveríamos viver na terra enquanto esperamos, e ao mesmo tempo ajudamos a produzir, o Seu reino. Ele nos disse que “fizéssemos negócios com isto ate que eu voltar” (vs. 13). O isto são minas, o que certamente fala de um uso sábio do dinheiro, mas num sentido mais amplo representa os talentos, destrezas e habilidades que Deus tem dado a cada um de nos. Deus nos criou com um propósito. Deseja que trabalhemos como sócios com Ele para tomar domínio sobre a terra ao usarmos os talentos que nos tem dado. Estes talentos se expressam no negocio ou a obra a qual nos chamou. Nosso trabalho é uma parte vital do plano de Deus para nos e para as nações. À medida que formos fieis em trabalhar duro e em multiplicar o que nos tem dado, nessa medida estaremos participando em produzir o Seu reino sobre a terra e sendo uma benção para as nações.

Podemos aprender muito em como discipular hoje as nações a partir dos exemplos dos Cristãos que Deus tem usado ao longo da historia. Seguidamente mencionaremos alguns Cristãos que tem contribuído em cumprir o mandato cultural ao fazer negócios com os talentos que Deus lhes deu em vários campos. Uns poucos destes pioneiros são examinados brevemente para que possamos aprender e sermos inspirados por seus exemplos.

Se quiser continuar estudando sobre o assunto recomendo ler Tocar o Céu e Transformar a TerraResgatando a Cosmovisão Bíblica e dá uma olhada nas dicas de leitura que tem alguns livros ali muito bons que tratam desse assunto.

No amor de Jesus.

Pedro Quintanilha ><>

Características da Movimentação Apostólica

movimento apostólico

Movimento Apostólico, conheça as características dessa movimentação.

Vamos prosseguir com o assunto tratado no artigo  que fala sobre a necessidade de uma movimentação apostólica neste tempo, veremos algumas características dessa movimentação.

Primeiro vamos definir o termo apóstolo, muitas vezes esse termo é definodo como enviado, porém ele é mais profundo do que simplesmente alguém enviado para uma missão. O termo APOSTOLO = ENVIADO COM UMA FUNÇÃO que pode ser comparado com mensageiro, delegado, enviados para expansão geopolítica nos tempos do império romano, reconhecimento de uma autoridade, procurador, aquele que substitue quem o envio. Os melhores termos para definir apostolo são procurador ou administrador.

Vamos agora as características:

– Reposicionar o povo de Deus essa foi a primeira missão apostólica (Mt 10:6  “Antes, dirijam-se às ovelhas perdidas de Israel.”) isso fala sobre restaurar a identidade da igreja.

– Proclamação do Evangelho do Reino.

Fazer Discípulos

– Fortalecer e encorajar os discípulos.

– Estabelecer governo nas comunidades formadas. (At 14.21-23)

– A essência do ministério apostólico é de ser um despenseiro = administrador dos mistérios de Deus (1Co4.1) e Ministro = Remador de baixa categoria ou oficial de justiça.

– Criar acesso , chamados para incluir, assim como Paulo fez. (Ef 2.19-22, Rm 5.2, Ef3,2) Gerar acesso para a missão que temos diante de nós.

– Característica de gerar = trazer outros ao modo de vida de Cristo.

– Homens que tem credenciais, sinais, prodígios e milagres os acompanham. (2Co12.2)

– Serviço de preparar pessoas e apresenta-las a Deus (Rm15.16)

– Destruir fortalezas, destruir raciocínios e levar cativos pensamentos a Deus (2Co10.4)

– Solucionar problemas que surgem na igreja (1Co1.10)

Atrair e distribuir recursos financeiros.

– Implementar esses recursos.

Importante ressaltar que o apostólico está diretamente relacionado a igreja (Mt16.19, Mt18.15-20) tem como missão gerar missão e trazer desenvolvimento, gerar expansão da igreja e na igreja que são duas coisas diferentes.

Apóstolos são pessoas com uma visão ampla, possuem um olho na igreja e outro onde a igreja não está, quando outros serviços se alinham com eles se tornam apostólicos. Sua função é assegurar que toda a igreja na cidade se torne apostólica.

Muitos apóstolos são pessoas empreendedoras que se envolvem em negócios, possuem envolvimento missional, são pessoas rompedoras de limites. Apóstolos abrem novos espaços, são formadores de rede e estão comprometidos com o aperfeiçoamento que fala de capacitação, fortalecimento, restituição, reparo, arranjo, ajuste, colocar em ordem. O Aperfeiçoamento tem haver com uma atividade e não simplesmente com o ensino.

Que possamos descobrir e reconhecer pessoas apostólicas e apóstolos e nos conectar com eles para que todo o corpo possam se movimentar da melhor forma possível.

No amor de Jesus,

Pedro Quintanilha ><>

Ampliando o Entendimento sobre Reino de Deus

Pegando carona no último posto sobre Reino de Deus acredito ser oportuno compartilhar com vocês esses slides que foram passados na ECAP em Cabo Frio ministrada pela equipe do Rugido do Leão. 

“O Reino de Deus não é um lugar, umterritório. Não é o céu. Não é a Igreja. Não éuma coisa, um objeto, um estado. O Reino deDeus é uma ação. Essa ação é um ato, é arealidade mais absoluta do universo. O Reino de Deus é o reinar de Deus”  Fábio Souza

No amor de Jesus,

Pedro Quintanilha ><>

A Terceira Reforma

Há 500 anos atrás, Deus usou alguns homens dotados de uma veia profética para romper com um milênio de trevas na Igreja. Deixamos Roma, e começamos então nossa jornada de partida de Babilônia rumo à Sião. A maioria dos evangélicos, no entanto, pensa que a Reforma do século XVI – que produziu Lutero, Calvino e Zwinglio – é o final da agenda restauracionista de Deus. Mas, na verdade, a Reforma Protestante foi somente o início deste processo, como nos explica Márcio da Rocha:

Hoje nos encontramos em meio à uma terceira Reforma da igreja cristã.

A primeira Reforma aconteceu no século XVI, com Martinho Lutero , Calvino e outros. Esses irmãos redescobriram a essência da mensagem do Evangelho de Jesus Cristo: a salvação mediante a fé, pela graça de Deus. Uma reforma, portanto, eminentemente teológica.

A segunda Reforma ocorreu no início do século XVIII, por influência do movimento Pietista. Os adeptos do movimento Pietista redescobriram a bênção do relacionamento pessoal, da intimidade com Cristo pela fé. Isto ocasionou a reforma da espiritualidade, a volta da busca pessoal ao Deus amoroso, e da leitura devocional da Bíblia. Esta segunda reforma impulsionou um movimento missionário muito forte nos anos seguintes.

A Reforma de Lutero e Calvino reportou-se ao conteúdo do Evangelho, à essência da mensagem cristã, mas não modificou a forma de organização da igreja nem a estrutura básica dos cultos a Deus. O vinho novo do Evangelho continuou sendo colocado no odre velho do catolicismo, que por sua vez espelha-se no Judaísmo, com seus templos, sacerdotes (ou ministros) exclusivos e rituais solenes e altamente formais. A divisão dos cristãos em duas categorias ou “castas” – o clero e os leigos – continuou intacta, mesmo depois da primeira Reforma. Os leigos continuaram expectadores passivos nos cultos, enquanto uma meia dúzia de ministros atuavam para eles. O Sacerdócio Universal de Todos os Crentes, doutrina proclamada e defendida pelos primeiros reformistas, não conseguiu vencer a teoria. Na prática, continuou-se a vivenciar “o sacerdócio de alguns crentes”.

A segunda Reforma, promovida pelo Pietismo, embora tenha restaurado a benção do relacionamento pessoal do cristão com o seu Senhor, também não promoveu mudança na forma nem na estrutura da igreja: o odre velho continuava a ser usado para veicular o vinho novo.

A Terceira Reforma, a qual vivemos hoje, é a restauração da forma e da estrutura primitiva da igreja. Milhões de cristãos no mundo todo estão abandonando as igrejas formais e institucionais, e passando a se reunir como a igreja primitiva, nos lares, de forma orgânica e participativa, sem ministros ordenados, nem templos, nem dia sagrado, nem dinheiro para sustentá-los. Trata-se de um novo (porém antigo) enfoque global da igreja, cujo modelo é baseado no Novo Testamento e não no Velho Testamento.

Esta terceira reforma está trazendo às pessoas, de novo, a participação ativa nos cultos. O sacerdócio é de todos os crentes. Todos ministram com seus dons e talentos durante as reuniões das igrejas nos lares. Todos edificam e todos são edificados. Todos falam e ouvem. Todos oram, todos escolhem e ministram as canções. Todos batizam os novos convertidos. Todos ceiam a ceia do Senhor – comida farta, pão e vinho. Os homens mais velhos e mais maduros espiritualmente – os presbíteros – lideram essas igrejas e cuidam para que não surjam heresias no povo de Deus. Tudo é feito com ordem e decência. Fora das reuniões, uns pastoreiam outros, cuidando uns dos outros, provendo as necessidades do corpo de Cristo.

Também esta terceira reforma permitiu a volta de um tipo de igreja incomparavelmente menos dispendiosa financeiramente do que a igreja de pastores. Sem ministros profissionais, nem edifícios para manter, nem funcionários, as igrejas nos lares proliferam aos montes nas ruas das cidades e povoados do mundo, quase que sem a necessidade de arrecadar dinheiro. Elas não estão ligadas à denominações ou macro-corporações. São simplesmente igrejas, ligadas diretamente ao Senhor e interdependentes, por amor a ele. Já não se sabe hoje quantas existem. Ninguém as controla, a não ser o Senhor.

A Terceira Reforma é a reforma da forma da igreja. A igreja com a teologia reformada, com o relacionamento pessoal com Cristo reformado, e com esta nova (e ao mesmo tempo primitiva) forma e modelo, vai crescer muitíssimo, como a igreja do primeiro século. E provavelmente vai cair nas graças do povo, à medida em que o Senhor acrescenta dia-a-dia os que serão salvos, até que Ele volte fisicamente.

Veja também: https://reinoesacerdote.wordpress.com/2011/06/27/15-teses-sobre-a-reencarnacao-da-igreja/

Fonte: Pão e Vinho

No amor de Jesus,

Pedro Quintanilha ><>

Resgatando a Cosmovisão Bíblica

O que é cosmovisão?

Cosmovisão nada mais é do que a nossa visão de mundo, a visão que temos do todo. É muito importante termos uma cosmovisão bíblica, pois a forma com que vemos o mundo e cremos moldará nossas atitudes, se tivermos uma cosmovisão fraca seremos fracos, se tivermos uma cosmovisão mentirosa viveremos uma mentira. Muitas vezes não paramos para refletir sobre o que cremos ou se as nossas crenças estão de acordo com a Bíblia, isso é um grande problema pois a falta de reflexão e questionamento pessoal fazem com que sejamos levados com a maré e sem percebermos nos tornamos um subproduto do sistema de crenças vigente no mundo. Acabamos  moldados pelo nosso meio e  mesmo sem saber o porque passamos a crer e viver segundo a visão de nossos relacionamentos.

Vivemos uma contradição atrás da outra, isso se intensifica quando somos confrontados com outras cosmovisões e por falta de entendimento não sabemos como responder então entramos em crise.  Precisamos saber que existem verdades absolutas e mandamentos que se abraçarmos e seguirmos experimentaremos a transformação de nossas vidas, cidades e nações.

“Quando uma quantidade razoável de pessoas tem a Bíblia e aplicam aquilo que ela ensina em suas vidas, a nação começa a ser transformada” – Loren Cunninghan

Perdemos nossa cosmovisão bíblica ¹

Jesus ensinava que a única maneira de se entrar no Reino de Deus era por intermédio d’Ele, mas, sempre colocava a salvação dentro do contexto da mensagem completa do Reino de Deus. Devemos saber como é que Deus quer que vivamos.

As verdades do evangelho do Reino existem para transformar enquanto nos ensinam sobre como viver em cada área de nossas vidas. Então, nossas vidas são transformadas para serem sal e luz para nossas famílias, vizinhos, comunidades e finalmente, nossas nações, fazendo delas lugares melhores para se viver. Não comunidades perfeitas, porém comunidades melhores, porque a influência do bem pode ser maior que a influência do mal. Existem grandes exemplos na História. A transformação de vidas foi tão enfatizada na história da Igreja que se fala que nunca existiu um avivalista usado por Deus que acreditasse que Seus propósitos se cumpriam com o avivamento. Todos acreditavam que o avivamento verdadeiro culminava na transformação significativa das comunidades, por meio da influência da Igreja avivada em toda a Sociedade.

Estudos sociológicos comprovam que é necessário somente 20% de uma sociedade com o mesmo ideal para que possa influenciar e até liderar os outros 80% numa determinada direção. Alguns dizem que, hoje, existe um número de cristãos no mundo maior que o total de cristãos que já existiu na História. Não temos exercido a influencia que deveríamos, pois perdemos a nossa cosmovisão bíblica.

Pensamento cristão dividido ²

Através dos dois últimos séculos, os cristãos, especialmente os evangélicos, têm desenvolvido uma visão dividida do mundo. Esse processo foi acontecendo em tempos, regiões e denominações diferentes, mas, podemos dizer que, atualmente, esse pensamento dicotômico domina a maior parte do Cristianismo.

Essa dicotomia se desenvolveu da seguinte forma: uma parte da Igreja era da opinião de que a salvação era por conta de Deus, portanto, a responsabilidade da Igreja era cuidar das necessidades básicas do homem como alimento, vestuário, abrigo, Saúde e, talvez até, Educação. Outra parte da Igreja reagiu com um forte “Não!”. Sua opinião era a de que somente a alma do homem e a vida eterna tinham valor, portanto, o objetivo desse grupo se concentrava na salvação do homem. Eles se diziam preocupados com os assuntos espirituais, enquanto os do grupo anterior se preocupavam apenas com os materiais. Aqueles que achavam que a função principal da Igreja era somente a salvação dos homens se tornaram conhecidos como evangélicos e começaram a se referir aos membros do outro grupo como liberais. Os evangélicos estavam preocupados com os assuntos eternos e espirituais. Os liberais estavam mais preocupados com assuntos mundanos do dia a dia.

Os evangélicos pregavam a mensagem espiritual da salvação e se concentravam nos assuntos sagrados. Já os liberais, na opinião dos evangélicos, pregavam o evangelho social e estavam mais preocupados com os assuntos seculares. Essa cosmovisão aumentou com a ênfase crescente na volta imediata de Jesus e o conceito de que tudo que era secular iria para o inferno.

Essa é uma maneira bastante simples de se analisar temas doutrinários consideravelmente bem mais complexos. O que estou querendo ressaltar aqui é, simplesmente, que, uma visão dividida do mundo invadiu a Igreja e transformou a “salvação de almas” na principal mensagem do evangelho que pregamos hoje. Os cristãos, em sua maioria, tornaram-se mais preocupados com os assuntos “espirituais” da fé: salvação, oração, batalha espiritual, curas e céu. Começamos a crer que só tínhamos tempo suficiente para conseguir salvar as almas e mais nada.

O EVANGELHO DIVIDIDO

ESPIRITUAL

MATERIAL

SALVAÇÃO

SOCIAL

ETERNO

TEMPORÁRIO

CELESTIAL

TERRENO

EVANGÉLICO

LIBERAL

SAGRADO

SECULAR

A tragédia nessa divisão, como acontece na maioria dos casos, é que ambos os lados estavam certos e ambos os lados estavam errados. Os evangélicos estavam certos com relação ao que o Evangelho era, e errados nos que eles pensavam que o Evangelho não era. O Evangelho que Jesus ensinava, fundamentado nos ensinamentos completos de Deus a Israel, por intermédio de Moisés e dos profetas, era uma mensagem que lidava com pecado e salvação, céu e inferno, oração e batalha espiritual. Os liberais por sua vez, estavam corretos ao dizer que também era uma mensagem sobre o desejo de Deus por um Governo justo, por distribuição da renda justa, pelo uso apropriado da Ciência e da Tecnologia, da Comunicação, Artes, Família e todas as outras áreas da vida.

O resultado de um evangelho dividido e reduzido é fácil de ver no mundo em que vivemos atualmente. Nunca houve antes na História tantos cristãos, em tantas igrejas, em tantas nações, falando tantos idiomas. Mas, creio que também é justo dizer que nunca a expansão da Igreja teve tão pouco impacto em suas comunidades como nos dias de hoje. A Igreja evangélica atual é uma igreja enorme, porém fraca, pois, perdemos a maior parte da mensagem do Reino. Podemos dizer que os assuntos sociais, econômicos e jurídicos de nossas comunidades não são problemas nossos porque temos uma visão dicotômica do mundo. Somos “líderes espirituais” e não nos preocupamos com problemas seculares. Porém, não precisamos parar de pregar a mensagem da salvação individual, mas sim, precisamos desesperadamente recuperar as verdades essenciais contidas no restante da mensagem do Reino de Deus. Temos de renovar a nossa mente e ver as nossas vidas transformadas, alinhando todos os nossos pensamentos com os pensamentos de Jesus Cristo. Só assim, a Igreja do século XXI vai conseguir mudar o mundo e, só então, o Corpo de Cristo será, não apenas grande e diversificado, mas também, reconquistará a sua capacidade de influenciar.

Quatro cosmovisões ³

Como já vimos nossa cosmovisão determinará se conseguiremos cumprir ou não a missão que Deus designou para nós, falaremos sobre nossa missão no próximo tópico, agora vamos analisar as quatro cosmovisões predominantes nos dias de hoje e a partir disso identificar qual cosmovisão temos seguido e refletir se devemos mudar ou não nossa cosmovisão.

1. Cosmovisão Espiritualista – É nela que a vida é nitidamente dividida entre alma/espírito e corpo. O “eu” essencial é a alma, para que eu simplesmente viva em meu corpo. De acordo com essa cosmovisão, o mundo real é o reino espiritual. Coisas acontecem aqui por causa do mundo espiritual e acredita-se que a harmonia precisa ser restaurada. A salvação, nessa cosmovisão, torna-se uma fuga deste mundo, muitas vezes a dissolução da pessoa na realidade espiritual maior de “Deus”. Esta é uma cosmovisão de mundo do Oriente, embora esteja agora mais em evidência no Ocidente por meio de movimentos do tipo Nova Era. O oposto desse ponto de vista é:

2. Cosmovisão Materialista – Nessa cosmovisão, não há vida após a morte e não há reino espiritual. O mundo espiritual é simplesmente uma ilusão. Essa cosmovisão tem sido forte no Ocidente, resultando na crença de que há simplesmente causa (física) e efeito.

Ao colocarmos essas duas cosmovisões lado a lado (figura 1), podemos ilustrar como alguém afirma que o reino espiritual é real e nega a realidade do reino material (a cosmovisão de mundo espiritualista), enquanto a cosmovisão de mundo materialista faz exatamente o contrário.

Figura 1

3. A cosmovisão teológica (evangélica) – Ao utilizar este termo, não queremos sugerir que todos os teólogos e evangélicos adotam este ponto de vista mas está é uma tendência que vem dominando o pensamento da maioria dos cristãos. Inevitavelmente, aqueles que o defendem normalmente são ocidentais e sem uma grande experiência com demônios. Isso afirma que as esferas do espiritual e do material continuam muito distintas uma da outra (figura 2). Passamos de uma para a outra na morte, mas não há uma relação ou interação significativa entre ambas. Embora existam anjos e demônios, eles normalmente não invadem este mundo, uma vez que pertencem ao “outro” mundo. Portanto, em termos práticos, essa cosmovisão pode levar mais à abordagem de espiritualidade (visão de mundo espiritualista) do Oriente, em que o nosso foco está na “salvação de almas”, embora se pareça com a do Ocidente no sentido de não estar concentrada no reino espiritual e celestial no aqui e agora. Com essa cosmovisão (diferente da Bíblia), o céu só se torna um lugar para onde vamos ao tempo determinado e não uma dimensão que pode invadir o espaço e o tempo presente.

Figura 2

4. Cosmovisão Bíblica – Neste ponto de vista, todas as coisas terrenas têm um correspondente celestial. Eventos ocorrem simultaneamente no céu e na terra. Por exemplo, quando ocorre uma guerra na terra, há guerra no céu. O que acontece na terra afeta o que acontece no céu, e vice-versa. Vemos o reflexo dessa visão de mundo em passagens como Apocalipse 12, onde lemos sobre uma batalha no céu no nível angelical, mas que o sucesso desta batalha está atrelado ao fato de que “…eles[os santos na terra] o venceram…”. Também vemos esse ponto de vista na narrativa sobre as mãos de Moisés se erguendo em oração. Enquanto ele prevalece no reino espiritual, Josué prevalece no reino terreno. Podemos ilustrar esse ponto de vista com a figura 3. Em tudo isso, é importante perceber que nossa visão de mundo afetará nossa abordagem quanto à guerra espiritual e quanto à vida. Precisamos deixar que a cosmovisão bíblica seja a base de nosso entendimento.

Figura 3

Se nossa cosmovisão for simplesmente espiritualista, então, enfatizaremos somente a questão dos demônios. Se for uma cosmovisão não orientada para a criação (refletida por exemplo, em uma abordagem do tipo: “Não somos seres humanos que temos uma breve experiência espiritual, mas seres espirituais que têm uma breve experiência humana)”, então nosso foco estará nas “questões reais” de guerra celestial, que infelizmente, significará envolvimento não-terreno.

Se nossa cosmovisão for mais orientada para o materialismo, não esperaremos grandes mudanças por meio da oração. Aceitaremos que é assim que as coisas funcionam: coisas ruins acontecem. Entretanto, podemos envolver-nos com as instituições e lugares que são responsáveis pela justiça.

No mundo ocidental, normalmente aceita-se ou a abordagem teológica, com demônios no “ar”, mas com esses poderes separados da vida física e política, ou uma variação  da visão de mundo materialista em que não existem demônios (certamente em nenhum sentido prático da palavra). No mundo carismático, muitas vezes deixamos de atentar para a ligação destes poderes com a terra; assim, há uma tendência de distinguir poderes espirituais e procurar discuti-los sem qualquer análise racional ou compreensão de como eles chegaram ali ou estabeleceram uma base.

A relação do céu (e das regiões celestiais) com a terra aparece através de toda a Bíblia. Na realidade, o principal contraste e principal comparação não estão entre o céu e o inferno, mas entre céu e terra. Infelizmente, tem-se mudado o foca das realidades que se referem a trazer o céu para a terra agora e da realidade final de um novo céu e uma nova terra, para o que acontece na morte e pra a uma ênfase correspondente em uma existência espiritual além-túmulo.

Crer no céu e na interação entre céu e terra significa que nosso papel principal é trazer a ordem do céu para a terra: de acordo com a Oração do Senhor (Mt 6.10). Nosso alvo é ver Satanás cair do céu enquanto participamos do ministério de Jesus (Lc 10.18 e Ap 12.7-12). Essa interação entre céu e terra pode ser vista claramente na carta aos Efésios, que diz que nossa batalha é “…nas regiões celestiais”(6.12) e que nós (que estamos na terra e na igreja) estamos assentados com Cristo nos lugares celestiais agora (2.6).

Portanto, o céu não é tanto um lugar para onde se deve ir ou um lugar relacionado a uma experiência futura após a morte; é mais uma descrição de uma posição ou dimensão de poder, autoridade e realidade que afeta os assuntos da humanidade na terra. É o lugar ou dimensão onde a vontade de Deus está sendo feita em toda a sua plenitude, sem a presença do mal. É para que este propósito seja manifestado na terra que estamos orando. Assim, em Lucas 10.18, quando Jesus afirma que viu Satanás caindo do céu como um raio enquanto os discípulos ministravam e expulsavam demônios, Ele desejava que eles entendessem que a razão de terem tido êxito se deveu ao fato de seus nomes estarem escritos no céu. Seus nomes (identidades) estavam no alto e esta era a razão por que sua batalha espiritual na terra fora bem-sucedida.

É vital termos esta compreensão da relação que existe entre céu e terra para que possamos cumprir com a missão que o Senhor designou para nós, este é assunto para nosso próximo tópico.


Cumprindo a missão

Agora que redescobrimos a cosmovisão bíblica temos a capacidade de compreender e trabalhar para o cumprimento da missão que o Senhor nos deixou e cooperar com o propósito  eterno de Deus.

Jesus deixou algumas instruções para seus discípulos no que diz respeito a missão que temos como povo de Deus:

“Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade nos Céus e na Terra. Portanto,vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” Mt 28: 18-20

“E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.” Mc 16: 15

“Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras. E lhes disse: Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.” Lc 24: 45-47

Podemos resumir a missão que Jesus deixou nestes versículos em dois simples mandamentos que são: “alcançar cada criatura e discipular nações.” Isso fala de duas implicações da missão alcançar e ensinar.

O propósito de Deus sempre foi o mesmo desde a Eternidade, vemos o isso desde Adão, passando por Abraão e segue em Jesus, o propósito nunca mudou.

Para Adão:

“Deus os abençoou, e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. Gn 1:28

Para Abraão:

“Esteja certo de que  o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu”. Gn 22.17-18

Paulo conhecia este propósito eterno e o deixou claro nos seus escritos:

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” Rm 8:29

“Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado.” Ef 1:5-6

Podemos conceituar o propósito eterno de Deus como: Uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus para glória de Deus o Pai.

Vemos a manifestação do Reino de Deus por meio de três tipos de comunidades poderíamos chamar estas comunidades de comunidades proféticas, pois são comunidades que tem o objetivo de expressar Deus e seu Reino sobre a Terra.

A primeira comunidade que conduziu o Reino na Terra foi composta por Adão e Eva, o Jardim do Éden é o que podemos chamar de semente do Reino. Deus colocou naquele Jardim um homem e uma mulher que possuíam plena comunhão com ele e autoridade sobre toda a Terra, Deus demonstra seu amor por eles lhes dando liberdade e limites. Assim estabelece o princípio de avanço do Reino a obediência que pra nós só ficará mais claro quando enxergarmos a vida de Jesus e os escritos de Paulo, pois Adão desobedeceu não proporcionando avanço para o Reino e alem disso inaugurando sem querer um Império.

Na queda foi perdida a comunhão com Deus e a autoridade que a humanidade tinha sobre toda a Terra.  Essa autoridade foi perdida, pois a humanidade em concordância deu a Satanás quando desobedeceu a ordem de Deus. Com isso começa-se o desenvolvimento do Império das Trevas que avança por meio da desobediência e busca exercer controle através da manipulação.

A segunda comunidade profética é iniciada em Abraão por meio da promessa de um filho, seguida por Isaque o filho da promessa, cresce com Jacó que se torna Israel e constitui doze tribos cada uma liderada por um de seus filhos, por meio de José o povo se estabelece no Egito, se tornam escravos. Deus liberta o povo através de Moisés que lidera o povo, Deus dá os dez mandamentos e instruções para construção do tabernáculo (um lugar físico que comunicava uma realidade espiritual), instituição de festas, instruções sobre como tratar a terra, como relacionar-se, como educar as crianças, dá instruções de saneamento, de alimentação e etc. Deus através de Moisés segue transformando-os em nação por meio de princípios de Educação, Família, Comunicação, Economia, Artes, Governo e Religião no caminho do deserto seguem em direção a terra prometida. A entrada na terra acontece com Josué que em parceria com Deus conquista a terra em quase sua totalidade e estabelece a recente nação de Israel. Neste ponto a segunda comunidade profética entra em um período de decadência então Deus levanta de tempos em tempos Juízes para julgar a terra. Samuel foi o último juiz, com ele se inicia a companhia de profetas e também é usado por Deus para ungir um rei para Israel Saul e logo depois Davi. Davi o homem segundo o coração de Deus recebe a promessa de que seu trono permaneceria para sempre, traz de volta a arca que foi tomada no período anterior a Samuel. Ele entende o propósito de Deus e estabelece um tabernáculo, que na verdade era uma tenda, onde Deus era louvado vinte e quatro horas por dia sete dias por semana tornando conhecido reverenciado na Terra, nasce nele o desejo de fazer uma casa para Deus, o templo, que foi construído por seu filho Salomão o grande sábio e o homem mais rico que já existiu na Terra. Com Salomão o reino de Israel atinge o seu ponto mais alto o templo é construído e aprovado por Deus com sua manifestação sobrenatural. Logo após Salomão o reino se divide reino do norte e reino do sul no norte ficam as dez tribos e no sul ficam as tribos de Judá e Benjamim é mais um período de decadência com Deus levantando sacerdotes, profetas, reis e outros homens tendo em vista a restauração. Depois de anos de exílio, volta para terra, restauração do templo. Temos um espaço de mais ou menos 400 anos até o inicio da terceira comunidade profética.

A terceira comunidade profética é a Igreja, se inicia efetivamente após a vitória de Cristo sobre Satanás. Jesus por meio da obediência muda a condição e a posição da humanidade através de Sua obra. Ele que é chamado de segundo Adão nasce nas mesmas condições de Adão sem pecado, mas diferente do primeiro Adão que cedeu a tentação praticando a desobediência Jesus permaneceu firme e obedeceu até o fim, quebrando o sistema das trevas resgatando assim legalmente a autoridade que a humanidade havia perdido.

Anunciado por seu primo João o Batista que veio no mesmo espírito de Elias preparando o caminho para o Messias por meio da pregação de arrependimento, durante batismo com João o Espírito Santo vem sobre ele em forma corpórea (pomba) e o Pai afirma sua identidade “Este é meu filho amado em quem me comprazo.” Conduzido ao deserto pelo Espírito Santo para ser tentado pelo diabo, resiste às três tentações do diabo e sai do deserto, depois de quarenta dias de jejum, no poder do Espírito. A partir daí Jesus manifesta a realidade do Reino de Deus e demonstra por meio do seu comportamento, ensino, pregação, auxílio aos necessitados, curas, sinais e maravilhas o que é o Reino e como ele se movimenta. Caminha por três anos com doze discípulos e os posiciona como os primeiros apóstolos (enviados, embaixadores) deste Reino. Multidões o seguiam até as mulheres (desprezadas na época) o seguiram, participavam de seus ensinos e algumas auxiliavam seu ministério. Foi o homem mais humilde, mais manso, sincero, amoroso, compassivo e justo que existiu sobre a Terra o homem perfeito em tudo.

Foi obediente até a morte e morte de cruz, ressuscitou ao terceiro dia recuperando toda autoridade deu aos seus discípulos e os fez filhos de Deus.

A partir disso capacitou os seus discípulos a cumprirem o propósito eterno de Deus através do Espírito. Por meio da sua obra ele levantou um novo povo, os nascidos de novo, vivendo em uma nova realidade, influenciando por meio da obediência são guiados pelo Espírito. A Igreja a terceira comunidade profética a família de Deus que vive na terra aprendendo a ser como Jesus manifestando o Reino, transformando lugares, praticando a justiça, vivendo em amor e unidade, caminhando em fé e esperança proclamando a sua volta para desfrutar plenamente deste Reino de paz, justiça e alegria no Espírito Santo.

Precisamos resgatar uma cosmovisão bíblica, pois o tamanho de nossa visão determinará o tamanho do campo de nossa ação e uma cosmovisão bíblica nos mostra que o trabalho que temos é muito maior do que tem sido pregado e ensinado para a maioria dos seguidores de Jesus hoje. Precisamos compreender a importância disso. Estamos assentados com Cristo nas regiões celestiais e fomos feitos filhos de Deus.  É fundamental tomarmos o conhecimento de nossa função no corpo o corpo de Cristo.

O corpo de Cristo possui muitas funções e muitas expressões que ainda não tem sido levadas em consideração. Através do resgate de nossa cosmovisão bíblica seremos levados a compreender nossa finalidade e nossa identidade estes são fundamentos necessários para sermos cooperadores eficazes para o cumprimento do propósito eterno de Deus. Que a mão do Senhor esteja sobre nós para que a Igreja cresça e que o Reino avance.

Referências
¹Extraído do Livro – Modelo Social do Antigo Testamento – Landa Cope
²Extraído do Livro – Modelo Social do Antigo Testamento – Landa Cope
³Extraído do Livro – Plantando Sementes para o Avivamento – Martin Scott

No amor de Jesus,

Pedro Quintanilha ><>

“Era uma Igreja muito engraçada … não tinha púlpito, não tinha nada.”

Por Tonho [excoordenador do UG -Min. Jovem do Portas Abertas]

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo…

Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.

Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. […] Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada… aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

Fonte: Pão e Vinho.

Reflita sobre isso. No amor de Jesus,

Pedro Quintanilha ><>

O Que é Igreja?

Igreja não é templo, não é sinagoga, não é mesquita. Não é o santuário onde os fiéis se reúnem para cultuar a Deus. Igreja é gente, e não lugar. É a assembléia de pecadores perdoados; de incrédulos que se tornam crentes; de pessoas espiritualmente mortas que são espiritualmente ressuscitadas; de apáticos que passam a ter sede do Deus vivo; de soberbos que se fazem humildes; de desgarrados que voltam ao aprisco. Igreja é mistura de raças diferentes, distâncias diferentes, línguas diferentes, cores diferentes, nacionalidades diferentes, culturas diferentes, níveis diferentes, temperamentos diferentes. A única coisa não diferente na Igreja é a fé em Jesus Cristo. A Igreja não é igreja ocidental nem igreja oriental. Não é Igreja Católica Romana nem igreja protestante. Não é igreja tradicional nem igreja pentecostal. Não é igreja liberal nem igreja conservadora. Não é igreja fundamentalista nem igreja evangelical. A Igreja não é Igreja Adventista, Igreja Anglicana, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Deus é Amor, Igreja Episcopal, Igreja Holiness, Igreja Luterana, Igreja Maranata, Igreja Menonita, Igreja Metodista, Igreja Morávia, Igreja Nazarena, Igreja Presbiteriana, Igreja Quadrangular, Igreja Reformada, Igreja Renascer em Cristo nem igrejas sem nome. A Igreja é católica (universal), mas não é romana. É universal (católica) mas não é a Universal do Reino de Deus. É de Jesus Cristo, mas não dos Santos dos Últimos Dias. Porque é universal, não é igreja armênia, igreja búlgara, igreja copta, igreja etíope, igreja grega, igreja russa nem igreja sérvia. Porque é de Jesus Cristo, não é de Simão Pedro, não é de Miguel Cerulário, não é de Martinho Lutero, não é de Simão Kimbangu, não é de Sun Myung Moon, não é de João Paulo II. Em todo o mundo e em toda a história, a única pessoa que pode chamar de minha a Igreja é o Senhor Jesus Cristo. Ele declarou a Cefas: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). Não há nada mais inescrutável e fantástico do que a Igreja de Jesus Cristo. Ela é o mais antigo, o mais universal, o mais antidiscriminatório, o mais inexpugnável e o mais misterioso de todos os agrupamentos. Dela fazem parte os que ainda vivem (igreja militante) e os que já se foram (igreja triunfante). Seus membros estão entrelaçados, mesmo que, por enquanto, não se conheçam plenamente. Todos igualmente são “concidadãos dos santos” (Ef 2.19), “co-herdeiros com Cristo” (Ef 3.6; Rm 8.17) e “co-participantes das promessas” (Ef 3.6). Eles são nada menos e nada mais do que a Família de Deus (Ef 2.19; 3.15). Ali, ninguém é corpo estranho, ninguém é estrangeiro, ninguém é de fora. É por isso que, na consumação do século, “eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3). A Igreja de Jesus, também chamada Igreja de Deus (1 Co 1.2; 10.22; 11.22; 15.9; 1 Tm 3.5 e 15), Rebanho de Deus (1 Pe 5.2), Corpo de Cristo (1 Co 12.27) e Noiva de Cristo (Ap 21.2), tem como Esposo (Ap 21.9), Cabeça ( Cl 1.18 ) e Pastor (Hb 13.20) o próprio Jesus. A tradicional diferença entre igreja visível e igreja invisível não significa a existência de duas igrejas. A Igreja é uma só (Ef 4.4). A igreja invisível é aquela que reúne o número total de redimidos, incluindo os mortos, os vivos e os que ainda hão de nascer e se converter. Eventualmente pode incluir pecadores arrependidos que nunca freqüentaram um templo cristão nem foram batizados. Somente Deus sabe quantos e quais são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Tm 2.19). A igreja visível é aquela que reúne não só os redimidos, mas também os não redimidos, muito embora passem pelo batismo cristão, se declarem cristãos e possam galgar posições de liderança. É a igreja composta de trigo e joio, de verdadeiros crentes e de pseudocrentes. Dentro da igreja visível está a igreja invisível, mas dentro da igreja invisível nunca está toda a igreja visível. A Igreja de Jesus é uma só, porém é conhecida imperfeitamente na terra e perfeitamente no céu”.

Extraído da Revista Ultimato, março-abril/2002.

No amor de Jesus,

Pedro Quintanilha ><>

RICOS DE SI MESMOS (Ap. Luiz Hermínio)

Fato é: O homem tenta maquiar as coisas desde o jardim do Éden. Um comportamento de ocultar suas culpas e vergonhas achando que com isso será melhor aceito, e, assim, caminha a humanidade! O pior, é que esta cultura de ocultar o seu verdadeiro “eu” caído virou tradição e retransmitimos aos novos cristãos que chegam em nossas igrejas. Eles já adentram a vida em Deus sendo encaixados em padrões religiosos e tendenciosos existentes colocando uma capa sobre suas verdades.

As 7 igrejas da Ásia, descritas por revelação através do Apóstolo João, descrevem os sete períodos da igreja na terra. A última delas, a Igreja de Laodicéia, descreve uma decadência espiritual observada nos dias de hoje. A tônica da repreensão divina é a seguinte: Pensa que és rica, mas és pobre! (Apocalipse 3:14)

Neste pequeno confronto reside toda a questão: O perigo está na troca de valores internos pelos externos. Por isso, Deus nos deixa um recado: Guarda o que tu tens para que ninguém tome a sua Coroa porque ao que vencer lhe será dada a Coroa da Vida! Mas que tesouro precioso é este e que vitória tão almejada é esta? As pessoas estão perdidas em relação a esta verdade e alimentam fábulas sobre esta questão. É momento de colocarmos o coração nas verdadeiras riquezas e verdadeira vitória: O que é ser rico e vencer?

A igreja está buscando uma identidade fora de Deus, se você tiver que buscar uma referência externa para saber quem você é, é porque você ainda não tem uma identidade. Nossa geração pensa que é rica, e isso é pura fantasia porque quando eu sei que não tenho algo, então eu faço de tudo para ter este algo, mas se eu penso que tenho e finjo que não preciso sou hipócrita e Deus não pode agir em mim.

É simples: Quando você não tem, e entende que nada possui você vai se esforçar para mudar e Deus valorizará a posição de seu coração. O grande problema é que pensamos ser alguma coisa, ostentamos uma aparência, construímos uma imagem, mas não temos absolutamente nada daquilo que dissemos segurar em nossas mãos. Quem promove a aparência é a religião, Deus promove a santidade. Deus não é religioso, Ele é santo.

A igreja se transformou em um baile de máscaras, onde as pessoas expressam emoções e sentimentos que não existem e omitem o que realmente estão sentindo para serem aceitas. Querem comprar o que não precisam, com o dinheiro que não possuem para impressionar a quem não conhecem. Um tipo de evangelho secular que oferece felicidade por meio de bens materiais e atividade de escolha pessoal de cada indivíduo. Doutrina que nos leva a viver para consumir e não consumir para viver.

Eu aconselho que você compre ouro puro! O Ourives trabalha com ouro, ele trata o metal até que ele seja totalmente refinado, derrete em processos fazendo separação entre aquilo que é realmente valioso e as impurezas que sobem a superfície. O ouro, o que realmente importa, fica no fundo, onde ninguém vê. Existem áreas que são escondidas mas que são nosso caráter íntegro sendo guardado em Deus, isso é que importa. Precisamos voltar a ser simples. Precisamos ser simples como a pomba, um pássaro sem expressão de beleza mas que enxerga uma visão de cada vez, a simplicidade traz foco.

E falando em foco, o nosso está nublado, o foco da igreja deveria ir para o céu, entretanto, muitas igrejas tem arrastado multidões que visam o lucro através do evangelho fácil, pessoas que amam o dinheiro e que abraçaram as riquezas. Precisamos ser curados do orgulho, da prepotência, da arrogância, do individualismo. Há denominações que preparam o povo para viver na terra e não para morar no céu com Jesus. Precisamos perder esta vida, esta vida é lixo, as pessoas anseiam enriquecer e ficar na terra, enquanto toda nossa esperança deveria estar no porvir, por isso pensas que tu és rico, pensas que não te falta nada, mas nada tens.

Deus está cansado da Igreja que busca a fama não a fome, ele não quer os famosos ele deseja os famintos. Estamos vivendo uma igreja negligente e inadimplente, porque tem vergonha de mostrar sua verdadeira cara assim como é. É momento daqueles que tem a estrutura de caráter de um filho de Deus mostrar seu rosto transfigurado pela glória, afinal de contas, o próprio Cristo disse: Quem vê ao Pai vê a mim. Este texto deixa claro que o premio é dado ao que vencer, mas vencer o que, ou quem se o diabo já foi vencido na cruz por Jesus, simples, precisamos vencer a nós mesmos, nossa velha criatura.

É hora de dar um basta em Amuletos ungidos, rudimentos, tudo isso para não descer do salto e não largar a bolsa de arrogância que carregamos nas costas. Achamos que por estarmos desenvolvendo um trabalho no Reino de Deus podemos garantir uma vida cheia de vantagens e benefícios como um plano divino de garantias celestes. Ser usado por Deus não significa ser aprovado por Deus. Nada que você faz para Deus pode transformar a sua vida, você pode trabalhar para Deus e ir para o inferno, os dons não são garantias são presentes, há pessoas estruturando sua salvação e conduta cristã sobre estruturas que ficam a mostra, enquanto a garantia da vida eterna está nos fundamentos que ninguém vê.

Não esconda suas vergonhas através de um cargo ou função no corpo de Cristo, esta é a estratégia da religião, quando você sobe escadas de joelhos, acende velas as entidades, até mata em nome de Deus e acha que por tudo isso pode ser perdoado e receber brindes do Trono da Graça. Nada disso pode mudar o seu coração, você pode ajudar a curar pessoas com esforço e dedicação mas viver como um doente espiritual se não viver de forma verdadeira e sincera.

Não espere o Espírito Santo dizer quem você é, reconheça como Isaías o fez, é momento de vermos nossas próprias fraquezas. Faça como Israel diga em alto e bom som quando Deus lhe perguntar quem você é: Eu sou Jacó! No hebraico ele estava dizendo: Eu sou enganador, e Deus disse: Te chamavas, lutastes com Deus e vencestes a guerra contra seu próprio orgulho.

Pare de ouvir a razão e ouça a voz de Deus. Sua razão levará você a tomar decisões pautadas na sua reputação e não no projeto dos céus. Não construa sua vida em coisas materiais, sua vida é eterna, as coisas banais desta vida são apenas frivolidades e ficarão. Na constituinte do evangelho, o Sermão da Montanha de Mateus 5 e 6, Jesus dá um basta ao farisaísmo, dizendo que tudo o que é feito para não pode ser visível aos homens, antes, ele instrui a cada um criar um projeto oculto com Deus de intimidade.

Chega de sorrisos amarelos falsos e mentirosos, chega de cantar o quero que valorize enquanto você não enxerga mais valor nem em você mesmo imagine nos outros, chega de dar paz do Senhor enquanto não há mais paz em seu coração. Volte a andar na profecia: Tenha Convicções!

O Problema não está na prosperidade e sim na teologia triunfante. As igrejas se adaptaram as promessas da sociedade de consumo, apelos de lazer e entretenimento criados pela indústria cultural invadiram a igreja, se as bênçãos financeiras não acontecem às pessoas perdem a fé. A cobiça é da natureza humana, o somatório das cobiças individuais forma uma igreja capitalista. O conceito de Prosperidade como uma vida saudável foi trocado pela idéia de que se trata de um poder para consumir.

O mais importante de tudo isto é saber, que mesmo com tantos defeitos Ele ainda nos ama, e não nos ama pelo que fizemos, ou pelo que temos, não nos valoriza pelo que possuímos mas nos ama independente de qualquer coisa, a ponto de nos convidar a subir com Ele, para que Ele mesmo nos mostre seus segredos mais íntimos.

Shúúúúúú…

A igreja que temos X A igreja que Deus

Este é um artigo que li e me edificou muito gostaria de postá-lo aqui para que sirva de edificação aos que passam por este blog, Este artigo foi escrito pelo Samuel, um grande amigo que tem sido uma referência de parternidade espiritual sobre minha vida, amo muito a vida dele e vejo que suas palavras e atidutes tem edificado a igreja em Cabo Frio. segue abaixo o seu texto. paz Pedro Quintanilha ><>

”Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18)

Quando olhamos com seriedade para igreja dos dias atuais, somos levados às seguintes reflexões:

Será que a igreja que praticamos hoje tem cumprido sua missão?
Será que estamos de acordo com o modelo original estabelecido por Jesus?
Os cristãos de fato sabem o que é a igreja?

Essas são perguntas introdutórias para iniciarmos nossa reflexão sobre: A igreja que temos X a igreja que Deus quer.

Entendemos que esse é um conceito fundamental que precisamos revisar. Pois de acordo com a forma que enxergamos a igreja, definimos também nossa forma de servir e se relacionar com os irmãos e com Deus.

A) TRADICIONALMENTE: Associamos a palavra igreja a um prédio “sagrado”, com uma placa denominacional com nomes associados a dons. Ex.: igreja da cura, da adoração… Ou a nome de pessoas como: ministério “Fulano de tal”… Wesley, Lutero… e outros.

Nestes recintos ocorrem os serviços “sagrados” em dias e horários estabelecidos e existe a idéia de que os atos fora dele não tem valor espiritual. Ex.: casamentos, ceia, apresentação de bebês… etc.

Como conseqüência desta visão distorcida de igreja, temos:

A oficialização do orgulho e da competição. Falas do tipo: “minha igreja, nossa igreja…”
Estímulo à divisão: Pessoas buscam “igrejas” de acordo com seus próprios interesses.
Pretexto para fuga e auto-preservação: Pessoas se tornam itinerantes espirituais, fugindo de um lugar para outro para não serem confrontadas em suas carnalidades.
Confusão: qual a igreja certa? (existem em média 30.000 denominações).
Descrédito para o mundo: As muitas divisões e tipos de “igrejas” colocam em dúvida nosso amor e unidade. (Jo 17:23)

B) BIBLICAMENTE: A palavra igreja do grego Eklesia significa (chamados para fora). Significa um agrupamento de pessoas salvas e unidas para um propósito. No NT a palavra igreja não tem relação com prédios, mas com pessoas.

A localidade onde a igreja se encontrava era a única base para seu nome. Ex.: igreja em Corinto, em Éfeso, em Tessalônica, na Galácia… etc.

Como nosso foco maior é resgatar a prática da igreja que Deus quer, vamos refletir sobre os princípios que precisam ser resgatados:

1- Deus quer uma igreja organismo vivo, não uma instituição estática

Neil Cole no seu livro igreja orgânica diz: “fazemos uma injustiça a Jesus ao reduzir sua vida e ministério a um prédio e a um dia” (domingo).

Neste conceito de igreja, estamos trocando o IDE de Jesus pelo vinde aos nossos prédios e cultos.

A igreja é o organismo vivo, programada por Deus para se ramificar em todos os setores sociais e se expressar. Ver (Mt 16.20 e Jo 4.24.)

A igreja precisa tomar ruas, bancos de praça, casas, empresas, escolas… Enfim, onde houver 02 ou 03 reunidos no nome de Jesus, ali há uma expressão da igreja.

2- Deus quer uma igreja focada em relacionamentos e não em programas

Não são os programas e os mega-cultos que garantem a qualidade de vida na igreja, mas os relacionamentos e o cultivo da vida familiar. (Ef 4.15-16 )

A ênfase dos grandes cultos permite a freqüência de pessoas que não estão dispostas a serem transformadas, e que não querem compromisso, mas apenas consumir bons produtos espirituais.

A igreja primitiva era basicamente focada em relacionamentos (At 2.42, 44 e At 4.32.). O relacionamento é o principal aferidor da condição espiritual de um cristão (I Jo 1.7-9). O cristão que não se relaciona possivelmente está em trevas (pecado oculto).

3- Deus quer crescimento multiplicativo

“…e o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.” (II Tm 2.2).

É necessário ao discípulo gerar outro discípulo através da pregação, consolidação e discipulado. Cremos que esse é o serviço comum e essencial para todo cristão. Devemos deixar de aplicar nosso tempo e esforço em atividades ministeriais que não cumprem a grande comissão dada por Jesus. (Mt 20.19-29).

A igreja precisa crescer de forma multiplicativa expandindo sua influência nos diversos setores sociais.

4- Deus quer um serviço descentralizado

A bíblia deixa claro que na nova aliança todos os salvos são sacerdotes, no entanto é preciso fazer valer essa posição que nos foi dada por Deus.

As igrejas no NT nunca foram dirigidas apenas por um homem ou uma classe clerical, o povo atuava junto com os ministérios, cada em seu dom especifico.

5- Deus quer que sua igreja se expresse principalmente nas casas.

A igreja no NT reunia-se basicamente nos lares, com toda a sua estrutura. Cremos que tudo que o Senhor tem revelado sobre a ordenação dos santos e o desempenho dos serviços, não dá para ser praticado em grandes reuniões, isso só é possível com a igreja nos lares.

Os principais motivos são:

A casa dá legitimidade ao caráter familiar da igreja
Este ambiente estimula o relacionamento
Ali a assistência pessoal é facilitada
Nela a estratégia evangelística é eficiente
É um ambiente que gera menos custo e maior influência comunitária
Textos: Rm 16.5, Fp 4.22, Cl 4.15, I Co 15.16-15

Conclusão:

Com base na afirmação de Jesus “… eu edificarei a minha igreja”. Estamos certos que, independente da condição atual da noiva (dividida, corrompida, etc.), Jesus vai edificá-la. Em Jo 17, Jesus faz uma oração pela unidade, temos a convicção que o Pai ouviu essa oração e está trabalhando neste sentido.

Por Pr. Samuel Bello
Projeto IDE – igreja em Cabo Frio – RJ

Princípios a Serem Resgatados (Propósito Eterno)

 proposito-eterno

“ Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,  Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor,  No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.” Ef 3.10-12 (Grifo do autor)

 

Podemos conceituar o propósito eterno de Deus como sendo: Uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus para Glória de Deus.

 

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” Rm 8.28,29

 

Este propósito eterno é o que Deus idealizou para a Igreja devemos resgatar este princípio, pois hoje observamos muitas organizações eclesiásticas com muitas pessoas, mas sem expressão da vida de Cristo. Quando começarmos a seguir o que o Senhor nos falou a cerca do seu Propósito Eterno conseguiremos entender que a quantidade vem mediante a unidade e a unidade vem mediante a qualidade, ou seja, primeiro temos que nos submeter a Deus e ser moldados segundo o caráter de Cristo tendo o compromisso com a santidade, assim a conseqüência disso será a unidade gerada pelo Senhor e com esta unidade a quantidade é mais uma conseqüência.

 

Isso mostra que temos muitas vezes, começado pelo lado errado queremos quantidade primeiro porque a quantidade causa impacto no mundo natural, porém no Reino de Deus a quantidade é somente uma conseqüência de uma vida saudável.

Precisamos obedecer à ordem em que o Senhor nos manda realizar as coisas, pois Ele sabe qual é o jeito e o modo certo delas serem realizadas. Nós nos achamos muito espertos achando que podemos mudar o que Deus manda segundo o que nós achamos que é bom (aparentemente).

A verdade irmãos é que nós não sabemos de nada!

 

Mas Deus, pela sua misericórdia e graça nos revela sua vontade através do seu Espírito e de sua palavra escrita. Gostaria de lembrar que a nossa parte para que o eterno propósito de Deus venha a ser concretizado é que devemos ser semelhantes a Jesus, isso implica em morrer para nossas vontades e desejos, viver a vida que ele designou para nós, temos de SER discípulos e FORMAR discípulos de Jesus, caminhar como ele caminhou e ser exemplo para o mundo fazendo a diferença por ser igual a Cristo.

 

Que possamos cooperar com Deus para que o seu propósito de sermos uma família de muitos filhos semelhantes a Cristo se cumpra na Terra, não podemos mais cooperar com a divisão no corpo. Não podemos mais continuar criando reinos próprios e levantar bandeiras denominacionais, devemos deixar de ser crianças espirituais para alcançarmos a maturidade em Cristo Jesus o Justo. 

Pedro H. M. Quintanilha ><>